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De olho nos reparos: Manutenção predial preventiva garante segurança e diminui custos

Antecipar e corrigir os problemas em uma edificação antes que eles apareçam. Essa é a função da manutenção predial preventiva, serviço realizado por meio da contratação de um profissional ou empresa responsável pela inspeção do estado da edificação. “As inspeções são feitas no próprio local por um engenheiro com habilitação estrutural para a elaboração de um plano de manutenções periódicas para o condomínio, o que inclui o orçamento necessário e o cronograma de execução”, explica o Engenheiro Civil e especialista em inspeção predial, Fábio Hudler.

Hábito que vem sendo incorporado cada vez mais na gestão condominial pelos síndicos e demais responsáveis por zelar pela segurança dos condomínios, a manutenção preventiva pode evitar futuras dores de cabeça, além de eventuais custos não previstos em reparos e danos. “Ela preserva a vida útil dos sistemas prediais e isso inclui também aquela manutenção corretiva que pode corrigir eventuais problemas, além de devolver a segurança e a usabilidade na estrutura do edifício”, garante Fábio.

Quando realizada de forma preventiva, a manutenção predial é realizada com a proposta de reparos e correções de baixo custo, já que segundo o engenheiro civil, a maioria das edificações necessita de correções estruturais periódicas. “O perigo em se adiar o momento das intervenções é que as patologias podem até demorar para surgir, mas quando existentes, a evolução em muitos casos é bastante rápida, tornando o conserto mais custoso e deixando a edificação em risco”, afirma

A frequência da manutenção preventiva varia em função do sistema predial e do tempo de existência da edificação. “De forma geral, uma inspeção predial anual realizada por um engenheiro é de grande importância para garantir o cumprimento do plano de manutenção proposto”, ressalta Fábio.

No quesito segurança, a manutenção preventiva identifica todos os itens que possam causar riscos à vida e à saúde dos moradores do condomínio. “Estruturas de concreto, em especial… As garagens por estarem sujeitas à ação de chuvas e limpezas com produtos químicos merecem atenção redobrada. Neste caso, são inspecionados os pilares, as vigas e lajes em busca de fissuras, indícios de corrosão, infiltrações de água, fendilhamento do concreto, deformações etc”.

Outros pontos de atenção na manutenção são o acúmulo de sujeira em calhas, desobstrução de drenagens e ralos, limpezas de fossas e a revisão do sistema de prevenção e combate à incêndios. “Vale ficar atento ao prazo de validade da carga dos extintores, o funcionamento das luminárias de emergência e bombas de incêndio, a troca preventiva de mangueiras de gás, a desobstrução das saídas de emergência, a não existência de gambiarras elétricas, o acionamento dos alarmes de incêndio, bem como a inspeção do para-raio”, lista o engenheiro.
Fábio também destaca a importância da limpeza dos reservatórios de água potável e dedetização do condomínio. “São muito importantes para evitar problemas de saúde e transmissão de doenças entre os moradores”.

 

3 passos para elaborar um plano de manutenção

Elaborados pelo Engenheiro Civil e especialista em inspeção predial, Fábio Hudler

1. Consulte um engenheiro civil:

Junto ao síndico, o engenheiro civil irá avaliar as particularidades da edificação, como por exemplo, se existem bombas de incêndio, reservatórios de água enterrados, lajes expostas, entre tantas outras”.

2. Verifique a existência de um manual de entrega da obra por parte da construtora:

 “No documento devem ser informadas as manutenções básicas, a periodicidade e a forma de execução. Mesmo com o manual, é importante avaliar se as informações ali contidas estão de acordo com a edificação em seu uso real, já que vários condomínios passam por mudanças ao longo dos anos e podem necessitar de manutenções não previstas originalmente”.

3. Elabore um checklist contendo todos os sistemas estruturais da edificação:

“Podemos resumir em: fundações, estruturas, alvenarias, coberturas, impermeabilizações, sistemas de água, esgoto, drenagens, sistemas elétricos e comunicação, sistemas de prevenção e combate à incêndios, esquadrias e revestimentos (pisos, pinturas, gesso, pastilhas). Porém, vale ressaltar que cada prédio pode apresentar situações distintas que precisam ser avaliadas em campo, em função da quantidade de sistemas prediais. É importante que esses documentos sigam as normas técnicas da ABNT, em especial a NBR 5674 – Manutenção de edificações, e a NBR 14037 – Manual de operação, uso e manutenção das edificações e que sejam registradas todas as ocorrências realizadas, com o máximo de detalhes dos projetos. Futuramente, essa documentação complementar auxilia o condomínio a avaliar eventuais alterações em seu uso e tipologia”, resume Fábio.

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