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Você já ouviu falar da sociedade 5.0?

Em Janeiro de 2016, o governo japonês criou um documento que seria o plano básico de ciência e tecnologia até 2021. Esse plano tinha um título chamado sociedade 5.0. Assim surgiu o termo que vem inspirando outros países a não olhar para a tecnologia como algo que pode dominar o mundo e substituir empregos, mas sim olhar pela perspectiva da sociedade humana.

Nesse documento, o governo japonês mostrava como a sociedade poderia tirar proveito de tudo isso que estava chegando. Partindo disso, a sociedade 5.0 traz 3 valores principais que podem facilitar a interconexão com a tecnologia.

O morador 5.0 estará preocupado com:

1. Sustentabilidade

2. Qualidade de vida

Hoje vamos falar sobre o primeiro pilar: A sustentabilidade! Vejamos algumas alternativas que já estão dando certo nos condomínios:

IPTU Verde: você já tinha ouvido falar? Como você sabe o IPTU é a maior fonte de arrecadação dos municípios brasileiros e em várias cidades, as prefeituras estão abrindo mão dessa arrecadação e dando bons descontos para pessoas físicas ou jurídicas.

Em algumas cidades esse desconto pode chegar em até 100%, como locais que possuam imóveis com inovações sustentáveis, painéis solares fotovoltaicos, iluminação natural, quintais permeáveis, coleta da água da chuva, reaproveitamento de resíduos, utilização de pavimentação permeável. As construtoras já estão de olho nisso e estão procurando lançar empreendimentos bem mais sustentáveis. O IPTU verde pode ser concedido para novas construções e para reformas. Algumas cidades que já tem o IPTU verde: Salvador (BA), Lajeado (RS), Guarulhos (SP), Tietê (SP), Campos dos Jordão (SP), Goiânia (GO) e Colatina (ES). Imagine o bem que você estará fazendo para a natureza e para os moradores do seu condomínio e, além disso, você terá uma economia financeira.

Lixo Eletrônico no condomínio: Não seria exagero dizer que todos os dias jogamos fora muito dinheiro, que chamamos de lixo. Você sabia que 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram geradas em todo o mundo em 2019, segundo o The Global E-waste Monitor 2020 da ONU? Só em São Paulo se estima-se que são gerados por dia em torno de 130 toneladas desse tipo de lixo. Que tipo de lixo são esses? Rádios, fontes, baterias, celulares, notebooks, televisores, monitores. Fico imaginando quanto disso tem origem em nossos apartamentos…

Com esse pensamento, fui procurar algum projeto que poderia auxiliar os moradores do condomínio e achei a Cooperativa Coopermiti Reciclagem. O projeto começou em 2007. Porém, nos últimos anos, vem conseguindo um forte crescimento e existem inúmeros pontos de coletas espalhados pela cidade de São Paulo. Hoje eles já reciclam em torno de 40 toneladas mês. Bora criar o dia do LIXO ELETRÔNICO no condomínio? Você estará ajudando a natureza e beneficiando os cooperados da Coopermiti.

Reaproveitamento da Água: Mais simples de aplicar no seu condomínio é aproveitar a água da chuva e criar uma estrutura com captação com reservatórios e para os seguintes fins: limpeza das garagens, calçadas… Já existe um projeto de lei no senado que poderá tornar essa ação obrigatória no condomínio. Gostaria de citar uma Lei em Niterói que obriga prédios maiores de 500 m² a terem o reaproveitamento da água que vem do chuveiro, pia do banheiro, tanque e máquina de lavar. Elas são descartadas em uma tubulação que leva para um reservatório para ser tratada e voltar ao condomínio, onde, na área comum de cada andar e do térreo, há uma torneira para uso geral para as limpezas em geral. Creio que não precisamos de leis para se preocupar com o reaproveitamento da água nos nossos condomínios.

Nesse artigo, citei alguns exemplos que podem fazer a diferença no seu condomínio e na natureza. Bora aplicar alguns deles nos próximos meses em seu condomínio?

“O síndico antenado não deixa seu condomínio desvalorizado”.

Odirley Rocha
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Odirley Rocha

Formado em Eletrotécnica e Eletrônica, com MBA em Gestão da Segurança Empresarial. Professor em três cursos de pós-graduação em gestão condominial. Está no mercado de segurança há 23 anos e é diretor de relacionamento do Porter Group.

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