Muito conhecimento, novidades, tendências e até um estúdio de PodCast foi montado na área central da Feira SindExpo SC 2022 para geração de conhecimento. Somado a presença de expositores, palestrantes e participantes, o balanço da primeira edição realizada na capital catarinense foi muito positivo: mais de 600 condomínios impactados, pessoas vindas de todo o Brasil e muita geração de negócios.
Conforme a CEO da Conectta Eventos, Ana Paula Franco, detentora da marca SindExpo, a receptividade de Santa Catarina foi bastante satisfatória. “Realizamos um evento em completa sintonia com o mercado condominial. Fomos muito bem recebidos e as parcerias foram incríveis”, revelou.
Com a presença de síndicos e palestrantes de todo o Brasil, a maior feira de negócios para condomínios do sul do país, aconteceu nos dias 6 e 7 de abril no Centrosul, em Florianópolis.
3 perguntas para 3 palestrantes
No dia 6 de abril, a equipe da Revista Domus esteve na SindExpo Florianópolis e, por isso, teve a oportunidade de abordar os palestrantes do dia para responder três perguntas sobre a participação no evento. Confira!
Gestão em foco
Marcia Montalvão é administradora, com especialização em Gestão e Administração de Condomínios, com Certificação Internacional ARM, pós-graduanda em Direito e Gestão Condominial, Practitioner em Programação Neurolinguística e Sócia da Sindmar Gestão Condominial. Na palestra com o tema “Gestão Administrativa Sustentável – Pilar Econômico Financeiro/Governança”, ela esteve focada em mostrar todos os ângulos de uma gestão bem estruturada com base em suas próprias experiências como síndica profissional.
Revista Domus: Como foi participar da SindExpo em Florianópolis? Qual foi a sua impressão do cenário condominial durante o evento?
Marcia Montalvão: Foi um prazer participar da primeira edição da Sindexpo em Florianópolis. O evento foi muito bem organizado, com palestras riquíssimas em conteúdo e empresas de credibilidade no mercado nos stands da feira. Uma oportunidade para muito networking, adquirir conhecimento e compartilhar experiências. Foi muito positivo conhecer melhor a sindicatura aplicada no Sul, para um melhor entendimento do mercado nacional.
RD: Qual a sua relação com o segmento condominial e como essa trajetória se iniciou?
Marcia Montalvão: Sou administradora por formação, com especialização em gestão e trabalhei muitos anos em empresas nacionais e multinacionais, em diretoria e presidência, com funções semelhantes a do síndico, dentre outras. Em 1999, meu sócio, Márcio Frederico – que possui a mesma formação, com especialização em finanças – iniciou nesta área com gestão em condomínios club e, eu, como tinha vários contatos, comecei a ajudar na gestão. Com o tempo, fui gostando da área e, em 2010, começamos a ser convidados a assumir alguns condomínios como síndicos externos. Com o crescimento constante, vislumbramos uma oportunidade de empreender, abrindo a Sindmar Gestão Condominial em 2012.
RD: Você abordou a Gestão Administrativa Sustentável em sua palestra na SindExpo. Para quem não esteve lá, por que falar de sustentabilidade do ponto de vista econômico e como isso pode contribuir para o dia a dia do síndico “a grosso modo”?
Marcia Montalvão: Quando a gestão condominial é estruturada, organizada e funcional, ajuda no dia a dia do síndico e dos demais envolvidos, em todos os aspectos. Em minha palestra, procurei fundamentar o porquê dessa necessidade e exemplifiquei demonstrando como atuo.
Síndico apaixonado
Marcelo Duarte é empresário há mais de 23 anos no mercado de administração de condomínios. Colunista dos maiores portais do segmento do país, é também palestrante, conferencista e empreendedor. Foi o precursor do sistema de franchising no mercado condominial e é o idealizador e fundador da rede Eu Amo Condomínio. Na SindExpo, ele palestrou sobre o tema “O Síndico da Atualidade” . No evento, ele fez questão de frisar que o gestor eficiente precisa ser multidisciplinar e estar muito bem conectado com as necessidades do seu condomínio.
Revista Domus: Como foi participar da SindExpo em Florianópolis? Qual foi a sua impressão do cenário condominial durante o evento?
Marcelo Duarte: Foi incrível participar de um momento tão especial do mercado condominial em Florianópolis, Santa Catarina! Pessoas importantes do cenário nacional vieram para esse encontro e falaram de muitas novidades, como manutenção predial, legislações e, principalmente, tecnologia, um assunto que está cada vez mais presente no dia a dia dos síndicos e na vida dos moradores.
Revista Domus: Qual a sua relação com o segmento condominial e como essa trajetória se iniciou?
Marcelo Duarte: Com dezoito anos, comecei datilografando na máquina de escrever os boletos para arrecadação da taxa do condomínio dos prédios que meu pai era síndico. Ele atendia três edifícios na cidade de Jacareí, interior de São Paulo. Em 1998, resolvi montar a SIGECON, empresa especializada em serviços administrativos de apoio ao síndicos, que mais tarde veio a ser a primeira franquia de administração de condomínios do Brasil.
Revista Domus: Você abordou o tema “Síndico da Atualidade” em sua palestra na SindExpo. Para quem não esteve lá, de forma resumida, qual o perfil e as habilidades essenciais ao síndico moderno?
Marcelo Duarte: O síndico da atualidade, além de todas as obrigações fiscais, tributárias, previdenciárias, trabalhistas, dentre diversas outras, tem que estar bem alicerçado em um tripé: gestão, tecnologia e humanização. Se ele não tiver um cronograma de atividades muito bem claro e transparente para que os moradores possam aprovar em assembleia, dificilmente terá uma administração de sucesso. Em segundo lugar, hoje, a exigência é que se tenha tudo na palma da mão, por meio de aplicativos onde o morador possa ver os pagamentos que são realizados diariamente, receitas e despesas, fazer solicitações, reservar áreas comuns e, de preferência, tudo em um sistema digital sem uso de papéis. E, por último, o síndico tem que ter um relacionamento humanizado com seus moradores, fazer enquetes e pesquisas para saber quais são as verdadeiras necessidades dos moradores, seus anseios coletivos e atuar de forma mais próxima e participativa, com imparcialidade e com foco no ser humano, maior patrimônio que existe dentro de um condomínio.
Auditora exemplar
Michele Lordêlo é referência em auditorias condominiais no Brasil, atua desde 2004, é CEO do Grupo Lordêlo e trabalha com Auditorias Tributária, Trabalhista e de Prestação de Contas, realizando consultorias e mentorias presenciais e online. Doutora em Educação, Conselheira e Coordenadora da Comissão de Contabilidade, Auditoria e Gestão Condominial do Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia (CRC-BA) e Professora de cursos de MBA e Pós-Graduação. Autora dos Livros “Contabilidade” com o Contador Cláudio Cordeiro e do “Manual Tributário para Condomínios”. Na SindExpo, Michele falou dos aspectos práticos da auditoria para gestão condominial e ressaltou a importância do controle periódico das finanças e das despesas do condomínio.
Revista Domus: Como foi participar da SindExpo em Florianópolis? Qual foi a sua impressão do cenário condominial durante o evento?
Michele Lordêlo: Foi uma experiência construtiva, haja vista que o evento contou com uma temática que convergiu para a Gestão e a Sustentabilidade Condominial, demonstrando na Curadoria realizada pela Ariane Padilha e pela coordenação da Ana Paula Franco, a importância do espaço educacional e do compartilhamento de conhecimentos advindos de Palestrantes que trouxeram suas práticas. Florianópolis demonstrou sua força em aglutinar diversas cidades e estados, além de um robusto engajamento dos presentes na palestra, no contato pós-palestra e na feira de negócios. Em definitivo, o cenário se apresentou como pulsante e valoroso para o segmento condominial. Fui carinhosamente acolhida e tive a oportunidade de estar ao lado de um terço da turma de meus alunos da pós-graduação em Gestão de Condomínios da Católica de Santa Catarina, ao lado de pessoas que saíram de caravanas, pessoas que pegaram estrada sozinhas, além de toda a equipe da organização, expositores etc.
RD: Qual a sua relação com o segmento condominial e como essa trajetória se iniciou?
Michele Lordêlo: A minha relação é muito educacional – por mais que a Auditar Condomínios seja vista pela maioria do público como empresa de números e fiscalização, já que desde 2004, ela fez com que eu trilhasse o caminho da orientação. De lá para cá, consolidamos o MGL – Método do Grupo Lordêlo pelo Brasil e abordamos a cada relatório, todo e qualquer assunto contábil ou não contábil que possa proteger e salvaguardar o condomínio e seu corpo diretivo. Como exemplo, a auditoria revela que a prestação de contas deve ser ampla, englobando gestão da manutenção, da cobrança, de conflitos, de tributos, de segurança, de ações sustentáveis, dentre outras. Somente quem tem acesso a um relatório de auditoria preventiva pode perceber o quanto este serviço revela situações que aparentemente estavam em conformidade e com contas aprovadas. Contudo, a auditoria descortina débitos, pendências e falta de procedimentos. Por isso, capacitar o corpo diretivo é fundamental!
RD: Você abordou a Auditoria Condominial em sua palestra na SindExpo. Para quem não esteve lá, em que situações o síndico deve buscar a auditoria condominial?
Michele Lordêlo: A auditoria, independente do porte do condomínio, deve ser preventiva e mensal. Na palestra, dei exemplos de notas fiscais e recibos que se apresentavam na prestação de contas pagos e com documento fiscal, mas que indicavam problemas na contratação da empresa, no pagamento de tributos, nas responsabilidades da contabilidade/administradora, síndico e conselho fiscal. Abordei um exemplo de um cliente nosso que com mais de um milhão em aplicações financeiras, estava deixando de cumprir exigências da área trabalhista e previdenciária com relação a exames médicos e EPI – Equipamentos de Proteção Individual… Ou seja, se o Condomínio possui o dinheiro, não haveria motivos para o descumprimento de itens obrigatórios. Dessa forma, demonstrei como a auditoria faz essas constatações mensalmente e o que recomendamos para que o equívoco não se repita. Também trouxe um caso prático de um cliente nosso, que reduziu em 20% a conta de energia elétrica com a coleta seletiva, a troca de lâmpadas, acionamentos inteligentes e ações de conscientização dos condôminos, sendo inseridos no relatório de auditoria todos estes êxitos oriundos de três síndicos diferentes que mantiveram as ações, algo que pudemos constatar nos três últimos relatórios anuais entregues. Em síntese, a auditoria condominial deve ser incluída na previsão orçamentária anual, seja para ser realizada mensalmente ou minimamente uma vez por ano e a cada troca de gestão do síndico, contabilidade ou administradora, por se tratar de um serviço de gestão que demanda um investimento de centavos ou reais por condômino.
Com informações e fotos da Assessoria de imprensa do evento
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